quinta-feira, 21 de setembro de 2017

LIVROS QUE LI EM 2016

1. A Língua de Eulália
Autor: Marcos Bagno
Editora: Editora Contexto
Ano: 15. Ed. 2006

Comentário: O livro traz temáticas relevantes no que diz à língua portuguesa e seu ensino no Brasil. Temas como o preconceito linguístico são tratados de forma séria e com fundamentos históricos e científicos difíceis de serem refutados. Com uma narrativa cativante, o autor discorre sobre as diferenças entre o português padrão e o não-padrão, explicando cientificamente os fenômenos naturais da língua e desmitificando o mito da unidade linguística (mito da língua única) no Brasil.
Equipara as mais variadas formas de português falado no Brasil com as relações socioeconômicas, afirmando que o preconceito linguístico advém, em suma, das diferenças de classes existentes no país. O autor dar considerada ênfase ao trabalho e a prática do professor, principalmente o de língua portuguesa. Por fim, mostra grande parte das características e funcionalidades da variedade linguística falada no Brasil: o português não-padrão (PNP).

2. Integridade Moral e Espiritual: O Legado do Livro de Daniel para a Igreja de Hoje
Autor: Elienai Cabral
Editora: CPAD
Ano: 2014

Comentário: Por destacar o aspecto moral e espiritual da vida do profeta Daniel, o livro mostra como Daniel permaneceu fiel ao seu Deus, mesmo estando longe de sua terra natal, quando ainda era um adolescente. O autor mostra o que Daniel fez para não se contaminar com o sistema pagão da Babilônia, e como permaneceu firme em suas convicções de fé, sendo leal ao seu Deus até as últimas consequências.
O autor também reserva a maior parte do livro para falar das experiências vivenciadas por Daniel. O profeta teve sonhos, visões, interpretações e revelação profundas da parte de Deus, tanto relacionadas a seu tempo quanto a um período vindouro. Dessa forma, o autor arrisca-se em desencadear uma série de interpretações escatológicas, comparando as profecias de Daniel com outras partes da Bíblia, principalmente com o livro de Apocalipse.

3. O Que é Ideologia
Autor: Marilena Chauí
Editora: Brasiliense
Ano: 1980



Síntese: O livro faz menção a alguns teóricos sobre a concepção do termo ideologia, mas pauta-se definitivamente nas definições de Marx e Engels. Para eles ideologia é resultado da divisão social do trabalho (intelectual e material); são ideias de uma classe dominante de uma época – internalizadas e automatizados na classe dominada, de modo que a dominação não seja percebida em sua realidade concreta; é instrumento de dominação; é transformar as ideias particulares da classe dominante em ideias universais, válidas para toda sociedade; é uma ilusão à dominação de classe. “A ideologia é umas das formas de práxis social:  aquela que, partindo da experiência imediata dos dados da vida social, constrói abstratamente um sistema de ideias ou representações sobre a realidade”.

Infelizmente 2016 não foi um dos meus melhores anos no que se refere à leitura. É meio constrangedor ter que reconhecer, uma vez que sou estudante de Letras Língua Portuguesa. E 2017 está indo pelo mesmo caminho (risos). Espero poder me "redimir" até dezembro. 

UM SORRISO NÃO ESPONTÂNEO

“O mais dolorido é um sorriso não espontâneo; é um rosto tentando demonstrar algo inexistente; é no fundo um olhar de um coração partido”, com essa frase no Facebook iniciei meu dia hoje. Não poderia ser diferente, uma vez que ela reflete o estado em que me encontro.

Eu poderia escrever milhões de textos e descarregar aqui, da forma mais clara possível minhas angústias e dilemas, mas não posso; é um risco, e de tantos outros que já tenho corrido, não quero me arriscar em mais um. Não mesmo. Nessas horas sou bem covarde.

Só há uma pessoa que entende me entende até mais do que eu mesmo. Ela sabe da forma mais pura e simples possível o que me prende nas amarras da dor e da solidão. Ela continua lá, esperando por mim. Esperando por minha volta em sua direção.

Ah, seria tão bom se nada disso fosse real. Seria tão bom se fosse apenas um sonho. Seria tão bom se fossem apenas pensamentos vagos. Seria tão bom...

Johnatas Silva

24.07.2016


BREVES TEXTOS






RESUMO DO LIVRO ROMANTISMO DE ADILSON CITELLI

RESUMO DO LIVRO  ROMANTISMO DE ADILSON CITELLI




Johnatas Silva*

O livro Romantismo, do professor Adilson Citelli, tem por objetivo analisar minuciosamente as mais variadas facetas da estética romântica, examinando as ações e movimentos a ela relacionados, bem como suas conexões histórico-culturais. O foco do autor recai sobre os autores e obras que melhor exemplificam o movimento. Adilson Citelli é graduado em Letras pela USP, onde na mesma instituição formou-se mestre e doutor em Literatura Brasileira. Possui o título de livre docente e desde 1986 integra o Departamento de Comunicações e Educação da ECA-USP.

Nos primeiros três capítulos do livro, o autor destaca como a palavra romantismo ganhou um lugar de destaque nos mais variados tipos de discursos, tanto no passado quanto no presente; situa a estética romântica entre o final do século XVIII e meados do século XIX; explica a tensão romântica à luz de certos fatores históricos que balançaram povos e nações; mostra as formas com as quais o Romantismo foi vivenciado na Inglaterra, Alemanha e França, diferenciando-o no contexto histórico-social de cada país; pontua a importância da música, da pintura e do teatro no período histórico do Romantismo; e faz relação entre o espírito criativo (genialidade) e a natureza.

A partir do capítulo quatro, o autor começa a abordagem sobre Romantismo no Brasil, já logo de início pontuando que a preocupação maior da primeira geração romântica brasileira era consolidar a identidade nacional. Faz menção das obras indianistas do poeta Gonçalves Dias, que concentra as ideias de nacionalidade na figura do índio. Logo em seguida cita José de Alencar – também indianista que deu elevada exaltação à natureza – e enumera suas obras mais conhecidas, destacando a imprescindível importância do autor na literatura brasileira.

Em continuação, depois de discorrer sobre a primeira geração romântica e analisar alguns de seus autores e suas respectivas obras, o professor Adilson fala da segunda, pontuando suas características e enumerando os autores de maior destaque nesse período: Casimiro de Abreu, Junqueira Freire, Fagundes Varela e Álvares de Azevedo, sendo este último o ponto mais alto da segunda geração do Romantismo no Brasil. Na terceira geração romântica, o maior destaque vai para Castro Alves, o qual se dedicou a abordar a escravatura no Brasil, evidenciando em suas obras a indignação que sentia pela exploração do trabalho escravo. Para Castro Alves, o fim da escravidão resultaria em colocar o Brasil nos trilhos da História novamente.

Até o capítulo quatro, o objetivo foi, segundo o próprio autor, o de situar algumas variáveis chamadas de “expressões românticas”. Agora, já no último capítulo do livro, o intuito é o de retomar determinadas características românticas como o individualismo, o “eu” criador absoluto, a extrema valorização das emoções, a imaginação como sinônimo de fuga da realidade, à volta ao passado, a valorização da morte, a valorização da natureza, o amor idealizado e a idealização da mulher (figura angelical e pura), facilitando, assim, uma apreensão mais sistemática do movimento.

Nas últimas páginas do livro, o professor Citelli pontua que o publico médio do Romantismo eram os jovens e recém-alfabetizados burgueses, e encerra o livro com um índice dos autores românticos citados na obra, um vocabulário crítico e uma biografia comentada.

Minhas impressões sobre o livro são as melhores possíveis. Não há duvidas de que a obra é fruto de um trabalho árduo e de anos de pesquisa sobre a escola literária Romantismo. De fato a obra faz uma abordagem não só panorâmica, mas principalmente descritiva, detalhista e analítica de todos os fatores que permeavam e integravam o movimento romântico. O que me chamou bastante atenção foi a forma como o professor Adilson pontuou e esclareceu questões relacionadas ao contexto histórico da época, me fazendo lembrar de uma frase que sempre ouço nas aulas de literatura: “a obra de um autor é produto de seu tempo”. Agora compreendo com mais clareza porque José de Alencar exaltou tanto a natureza brasileira, porque Álvares de Azevedo focou-se no tema da morte, porque Castro Alves escreveu sobre escravidão e tantos outros exemplos que eu poderia aqui mencionar.

Para mim, o Romantismo é uma leitura indispensável para todos aqueles que desejam ter uma visão mais ampla e mais profunda sobre o movimento literário denominado Romantismo.

*Aluno do 5º perído do curso de Letras (Mediado) Língua Portuguesa da UEA - Universidade do Estado do Amozonas.

PREGAR OU NÃO PREGAR? EIS A QUESTÃO

Não é de hoje que há por parte de muitos um desejo ferrenho de se obter o “silêncio” da Igreja de Cristo. Muito já se fez (e se faz) para...