1.
A partir das três características da Ideologia, problematize-a relacionando com
o Conhecimento, Escola e Filosofia.
A ideologia, como é
assimilada pela sociedade contemporânea, sendo apenas a manutenção do status de
poder de uma determinada classe social, está indiscutivelmente entrelaçada à
produção de conhecimento, ao papel e finalidade da escola e a análise filosófica
dessas questões. Isso se dá porque o pensamento ideológico irá, direta ou
indiretamente, afetar ou até mesmo intervir na forma como essas questões são
concebidas, já que, olhando por essa perspectiva, ela manipula as massas,
fazendo-as acreditar numa falsa realidade. A escola, dentro dessa visão, nada
mais é do que um aparelho reprodutor dos ideais “elitistas”, ajustando os
indivíduos à determinada condição social. Dessa forma, até a crítica e o
pensamento reflexivo (filosófico) do que há por trás das ideologias presentes
na sociedade moderna é, de alguma maneira, comprometida, uma vez que uma
crítica a qualquer conceito ideológico, surge, na maioria das vezes, de uma
ideologia oposta àquela que está em evidência.
2.
Estabeleça uma discussão sobre Educação Popular, Escola e Filosofia.
A Educação Popular era
vista, e ainda é, por muitos teóricos e estudiosos, como uma forma de alienação
e manipulação das camadas menos favorecidas da sociedade. Para eles ela não
contemplava o real propósito de uma educação destinada para povo, que é o de
servir como forma de inclusão social e libertação, formando cidadãos críticos e
cientes da realidade que os cerca. Sendo assim, é preciso reavaliar o
funcionamento e os procedimentos da escola na chamada Educação Popular. E para
isso é indispensável o pensamento crítico e reflexivo desse processo. É
inteiramente benéfico para sociedade como um todo que a escola, de fato,
intervenha nos processos sociais de forma positiva, e prepare pessoas melhores
para o convívio coletivo.
3.
Contextualize as matrizes educacionais relacionando-as com as tendências
pedagógicas.
As matrizes da educação
brasileira ainda estão bem presentes no contexto social atual. É só atentarmos
um pouco mais para nossos processos educacionais para vermos que ainda há a
presença de uma fração, na forma de se trabalhar a educação, dos religiosos (os
jesuítas), dos militares (existem escolas denominadas militares hoje e alguns
processos, mesmo dentro do ensino público, são herdados dela), dos grupos
escolares, criados no governo de Getúlio Vargas, também conhecidos como escola
funil (um tipo de escola seletista) dentre outros modelos. Tudo isso
estritamente relacionado as tendências pedagógicas, que estão vivas também
entre nós. Algumas não mais com a força de tempos atrás, por terem sido
ofuscadas por outras tendências, mas ainda atuantes na educação que está
disponível hoje. E convenhamos, isso é necessário.
Acredito que hoje
vivenciamos uma mescla dessas tendências. Por exemplo, o uso da autoridade do
professor em certos casos, faz alusão às tendências mais conservadoras. A
questão da qualificação de mão de obra para o mercado de trabalho, faz alusão a
tendência tecnicista. O debate livre e o pensamento crítico sobre temas
relevantes para nossa sociedade, faz clara alusão as tendências progressitas,
baseadas na pedagogia de Paulo Freire. E a análise crítica do material didático
que nos é oferecido hoje, faz alusão a tendência progressista crítico-social
dos conteúdos. É exatamente nesse contexto que estamos inseridos.
4.
Problematize a Educação como Redenção, Reprodução e Transformação da Sociedade.
As concepções
filosóficas sobre a educação como Redenção, Reprodução e Transformação da sociedade
suscitam controvérsias e debates entre os que se dedicam a área do ensino. Isso
porque cada uma defende o conceito de educação bastante diferente um do outro.
Vejamos: Mesmo sendo de cunho religioso, a educação como Redenção da sociedade
falha ao afirmar que o caos social desaparecerá através de uma educação que traga
o indivíduo a um estado de “pureza” moral, e é notório que isso é praticamente
impossível. A educação como Reprodução é a mais criticada exatamente por ter o
viés de manutenção da supremacia das “elites dominantes”. Nessa concepção, de
nada adianta o esforço do professor em tentar fazer algo que mude a vida dos
seus alunos, pois consciente ou não, ele está apenas legitimando a ideologia dominante
vigente. E por fim temos a educação como
Transformação da sociedade, que visa, através de uma prática escolar crítica,
produzir uma mudança significativa nas pessoas, para que consequentemente haja
uma mudança mais abrangente.
(Johnatas Silva,
aluno do 2° perído do Curso de Letras Língua Portuguesa da UEA)
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