terça-feira, 6 de setembro de 2016

TEXTOS DE UMA PROVA QUE FIZ NO DECORRER DO CURSO #LetrasLínguaPortuguesa #UEA

1. A partir das três características da Ideologia, problematize-a relacionando com o Conhecimento, Escola e Filosofia.

A ideologia, como é assimilada pela sociedade contemporânea, sendo apenas a manutenção do status de poder de uma determinada classe social, está indiscutivelmente entrelaçada à produção de conhecimento, ao papel e finalidade da escola e a análise filosófica dessas questões. Isso se dá porque o pensamento ideológico irá, direta ou indiretamente, afetar ou até mesmo intervir na forma como essas questões são concebidas, já que, olhando por essa perspectiva, ela manipula as massas, fazendo-as acreditar numa falsa realidade. A escola, dentro dessa visão, nada mais é do que um aparelho reprodutor dos ideais “elitistas”, ajustando os indivíduos à determinada condição social. Dessa forma, até a crítica e o pensamento reflexivo (filosófico) do que há por trás das ideologias presentes na sociedade moderna é, de alguma maneira, comprometida, uma vez que uma crítica a qualquer conceito ideológico, surge, na maioria das vezes, de uma ideologia oposta àquela que está em evidência.

2. Estabeleça uma discussão sobre Educação Popular, Escola e Filosofia.

A Educação Popular era vista, e ainda é, por muitos teóricos e estudiosos, como uma forma de alienação e manipulação das camadas menos favorecidas da sociedade. Para eles ela não contemplava o real propósito de uma educação destinada para povo, que é o de servir como forma de inclusão social e libertação, formando cidadãos críticos e cientes da realidade que os cerca. Sendo assim, é preciso reavaliar o funcionamento e os procedimentos da escola na chamada Educação Popular. E para isso é indispensável o pensamento crítico e reflexivo desse processo. É inteiramente benéfico para sociedade como um todo que a escola, de fato, intervenha nos processos sociais de forma positiva, e prepare pessoas melhores para o convívio coletivo.

3. Contextualize as matrizes educacionais relacionando-as com as tendências pedagógicas.

As matrizes da educação brasileira ainda estão bem presentes no contexto social atual. É só atentarmos um pouco mais para nossos processos educacionais para vermos que ainda há a presença de uma fração, na forma de se trabalhar a educação, dos religiosos (os jesuítas), dos militares (existem escolas denominadas militares hoje e alguns processos, mesmo dentro do ensino público, são herdados dela), dos grupos escolares, criados no governo de Getúlio Vargas, também conhecidos como escola funil (um tipo de escola seletista) dentre outros modelos. Tudo isso estritamente relacionado as tendências pedagógicas, que estão vivas também entre nós. Algumas não mais com a força de tempos atrás, por terem sido ofuscadas por outras tendências, mas ainda atuantes na educação que está disponível hoje. E convenhamos, isso é necessário.

Acredito que hoje vivenciamos uma mescla dessas tendências. Por exemplo, o uso da autoridade do professor em certos casos, faz alusão às tendências mais conservadoras. A questão da qualificação de mão de obra para o mercado de trabalho, faz alusão a tendência tecnicista. O debate livre e o pensamento crítico sobre temas relevantes para nossa sociedade, faz clara alusão as tendências progressitas, baseadas na pedagogia de Paulo Freire. E a análise crítica do material didático que nos é oferecido hoje, faz alusão a tendência progressista crítico-social dos conteúdos. É exatamente nesse contexto que estamos inseridos.

4. Problematize a Educação como Redenção, Reprodução e Transformação da Sociedade.

As concepções filosóficas sobre a educação como Redenção, Reprodução e Transformação da sociedade suscitam controvérsias e debates entre os que se dedicam a área do ensino. Isso porque cada uma defende o conceito de educação bastante diferente um do outro. Vejamos: Mesmo sendo de cunho religioso, a educação como Redenção da sociedade falha ao afirmar que o caos social desaparecerá através de uma educação que traga o indivíduo a um estado de “pureza” moral, e é notório que isso é praticamente impossível. A educação como Reprodução é a mais criticada exatamente por ter o viés de manutenção da supremacia das “elites dominantes”. Nessa concepção, de nada adianta o esforço do professor em tentar fazer algo que mude a vida dos seus alunos, pois consciente ou não, ele está apenas legitimando a ideologia dominante vigente.  E por fim temos a educação como Transformação da sociedade, que visa, através de uma prática escolar crítica, produzir uma mudança significativa nas pessoas, para que consequentemente haja uma mudança mais abrangente.


(Johnatas Silva, aluno do 2° perído do Curso de Letras Língua Portuguesa da UEA)

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