quinta-feira, 17 de março de 2016

ORGANIZANDO O ESTUDO E O APRENDIZADO

O PROFESSOR COMO ORIENTADOR DA APRENDIZAGEM



Johnatas Silva
Raimundo Nogueira
Rosinete Araújo






RESUMO: O presente artigo discute a organização do estudo como condição fundamental para o bom desempenho da aprendizagem, destaca a importância do professor no processo de organização, sem, contudo, relegar o aluno a uma atitude meramente passiva e ressalta ainda, a deficiência dos cursos de formação dos profissionais do magistério e, via de consequência, aponta para a necessidade de uma formação adequada daqueles profissionais.

Palavras-chave: organização do estudo. Aprendizagem. Papel do professor.





Considerando que a aprendizagem é o resultado do estudo, dessume-se que a organização deste é essencial para o sucesso daquela. No âmbito escolar, a relação entre organização do estudo e aprendizagem se mostra ainda mais importante, exigindo-se comprometimento tanto de aluno quanto de professor.
O professor, como sujeito dirigente do processo de ensino-aprendizagem, é de certa forma, o responsável pela iniciativa da organização do estudo, sem, contudo, atribuir ao aluno uma atitude meramente passiva.
Nesse sentido, Bagno (2002), dissertando sobre pesquisa na escola, narra uma experiência vivenciada pela própria filha, que mostra quão necessário é o papel do professor como orientador da aprendizagem de seus alunos:
Quando pergunto a Júlia e aos colegas qual foi realmente o “comando” da professora, eles me mostram o caderno onde está anotado, laconicamente: “Trabalho de Pesquisa. Tema: X. Entregar dia X”. E nada mais. É ou não é pra gente se indignar? Se o professor abrir mão de seu papel fundamental de orientador da aprendizagem de seus alunos, estará se responsabilizando pelo que vier a acontecer com eles... (Bagno, 2002, p. 14)

O referido pesquisador, analisando a causa desse despreparo, afirma que “os cursos de formação de professores, em geral, deixam de lado esse componente importantíssimo e se concentram nas metodologias que facilitem a tal ‘transmissão de conteúdo’”, (BAGNO, 2002, p. 15), de modo que os professores não têm, por essa perspectiva, uma visão plena de sua função principal, que é a de orientador.
A organização do estudo e da aprendizagem não pode nem deve consistir apenas no agrupamento de conteúdos, ainda que sistematicamente dispostos, com sequência gradual e lógica, mas deve se revestir de significado para o aluno, já que a base da aprendizagem, sem prejuízo de outros elementos relevantes, reside na pertinência do objeto cognoscível em relação ao sujeito cognoscente.
Na perspectiva psicológica, a pesquisadora Campos (1987) afirma que quanto mais riqueza de significado tiver o material a ser estudado, mais rápida será a aprendizagem e melhor a retenção dos conteúdos, porquanto existe entre significação de material e grau de aprendizagem uma estreita correlação, que deve servir de referência para o planejamento de métodos, técnicas e forma de apresentação do conteúdo.
Assim, efetivada a partir de conteúdos, materiais significativos e com orientação do educador, a aprendizagem se consolida como um acrescentamento altamente relevante ao conhecimento ou saber prévio, de maneira que, ao final do processo educativo, o educando alcançará um nível equivalente aos quatro pilares da educação estabelecidos pela UNESCO, a saber: aprender a aprender, aprender a conviver, aprender a fazer e aprender a ser.





REDERÊNCIAS

BAGNO, Marcos. Pesquisa na Escola, 9ª Ed., São Paulo, Loyola, 2002.

CAMPOS, Dinah Martins de Souza. Psicologia da Aprendizagem, 32ª Ed., Petrópolis, Vozes, 1987.

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